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O Que Sobra Para Fazer

Não vai sobrar muita coisa para chamar de trabalho. E isso é bom.


Já reclamava Henry Ford: "por que toda vez que contrato um par de mãos vem um cérebro junto?". Quase todo trabalho era manual. A tendência, hoje, é que esse tipo de trabalho vá deixando de existir, porque inventamos tecnologia suficiente para fazê-lo desnecessário (ou levamos esse trabalho para crianças do Bangladesh fazerem, e quando é muito longe, a gente fica com a consciência menos pesada).


O tipo de trabalho que sobra é muito diverso, mas se encaixa em apenas três categorias: trabalho relacional, trabalho criativo e trabalho intelectual.


Trabalho relacional envolve atividades que buscam gerar cuidado, escuta e fidelização. Nas agências bancárias há muito menos pessoas trabalhando como caixas, mas ainda há gerentes de conta.


Trabalho criativo envolve atividades que buscam fazer algo único, personalizado ou surpreendente. A cadeira que você está sentada provavelmente foi feita de forma automática, mas ainda assim ela precisou de uma designer para que pudesse existir.

Trabalho intelectual envolve atividades que buscam resolver problemas complicados ou complexos. Você continua precisando chamar alguém do TI para formatar seu computador ou continua precisando de um médico quando quer tratar de uma doença (ou evitá-la, antes de qualquer coisa).


Se o que você faz não se encaixa em nenhuma dessas categorias, não significa que você está desempregado amanhã, mas sim que é hora de aprender algo novo.

Tudo isso provoca também uma reflexão sobre até quando trabalho e emprego serão sinônimos. Mas esse é um assunto para outro texto.

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